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Anderson Zanchin

Autor: Anderson Zanchin

DESEJOS DE MULHER

7/8/2011 - Ribeirão Preto - SP

Embora não seja meu perfil de texto, abaixo segue uma crônica que fiz a um tempo atrás e gosto muito da maneira que ela foi construída. Escrevo todo mês para o site, mas, este mês além deste texto, em breve colocarei outro que estou escrevendo. Espero que gostem. 

DESEJOS DE MULHER 


Com um vestido a voar que fazia levantar sua barra, com o cabelo louro que iluminava onde quer que ela passa-se, olhar baixo, se escondia atrás de seus óculos escuros, era impossível qualquer pessoa ver seu rosto, por mais linda que aquela mulher fosse. No Local combinado, parou e fez o sinal que tinha já estipulado um tipo de senha. Parou debaixo do poste, acendeu o cigarro e soltou a fumaça lentamente. Imediatamente um homem de feição rude, que se encontrava no restaurante a frente, ajeitou seu cinto e cuspiu de banda. 
Era aquele. Atravessou a rua como se desfilasse cuidadosamente, entrou no restaurante e pediu um café. O outro sorriu e se aproximou: “Vamos!” – foi a ordem dada com voz cava. Ele apenas deu um gole no seu suco e saiu. Acabaram por entrar numa ruela estreita e mal iluminada. 
O Silencio era sepulcral. Mas o homem que a acompanhava olhou dos lados e demonstrou segurança, não havia ninguém ali perto, bateu em uma janela. Logo uma das dobradiças fez um barulho e a porta lateral se abriu discretamente. 
Os dois entraram e foram até uma sala cheia de fumaça, e no meio dela havia uma mesa discreta cheia de sacolas, e atrás uma senhora gorda com ar de superioridade olhou e disse: “Qual você quer?”. 
A Mulher já meio sem graça olhou de canto, e o homem percebeu e então pegou um pacote dentro da sacola e entregou à dizendo “Este é de matar”. 
Saiu então sozinha, caminhando apressadamente entre os corredores, como se fugisse, chegou na avenida principal, acenou e um táxi parou, entregou-lhe um endereço, dentro de vinte minutos estava em seu destino, entrando em um suposto Hotel, chegou dizendo: 
- Cláudio! Demorei, mas veja o que achei. 
Saiu a procura do homem que acabará de chamar. Foi até o banheiro onde lá dentro em um ofurô ele fumava calmamente um charuto e a olhava com ar de mistério e desejo, ele num ato de loucura levantou-se bruscamente como se fosse matá-la rasgou sua roupa com voracidade, e ela não dizia nada, caíram na cama e ali mesmo se entregaram num ato de violência e desejo, terminada a euforia sexual, ele olhou com o olhar de cansado e disse: “Aceita um champanhe com morango?” Ela claro que aceitou imediatamente, porem lhe fez uma ressalva - “Lhe acompanho no champanhe se prometer pagar as roupas, e meu cabeleireiro de amanhã” sorriu. 
- Claro! A propósito e o embrulho, do que era?- falou com voz mansa 
- Era um lingerie novo, se não fosse tão apressado, podíamos ter aproveitado com ela o nosso aniversário de vinte e cinco anos de casado, afinal não realizarei todo dia uma fantasia sexual sua.


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