Autor: Douglas Silva
Quando observamos a finitude da vida há diversos questionamentos que pode nos atormentar diante da nossa rica, mas breve passagem nesse planeta.
Como trabalhar a aceitação inexorável do tempo? E como aceitar o fim da vida, e consequentemente a morte?
Estamos quase sempre diante da correria do dia a dia e geralmente esquecemo-nos de olhar para cada detalhe que se perde quando permanecemos alienados e a mercê de tantas informações que influenciam nossa vida e que quase sempre não é compreendida por nós.
Diante disso, não observamos que a vida passa tão depressa, mesmo diante de tantas multidões que há dentro de nós, estamos nos tornando incapazes de viver cada segundo como se fosse o último, pois viver de qualquer maneira não nos leva a lugar algum. É mera tolice.
Parece-me que a maioria das pessoas não está se atentando a esse detalhe, perdendo os segundos preciosos de suas vidas alimentando sentimentos, e, fazendo escolhas insuficientes que geralmente não acrescenta em quase nada para sua história.
Portanto, antes mesmo que a morte chegue a nos atormentar devemos olhar para nosso caminho e questionar como estamos conduzindo nossa existência. Parafraseando Chuck Palahniuk, se – “Todos nós morremos. O objetivo não é viver para sempre, o objetivo é criar algo que não morra”.
Dessa maneira quem de nós está deixando algo que realmente marque nossa existência aqui nesse planeta? Fazendo um exercício de olhar para a vida de cada um de nós é possível responder esta questão? Mesmo diante da certeza da morte, é o caminho que se faz até ela que marca nossa existência. Deixar algo que jamais morra é se fazer eterno. Todavia, para alcançar tal feito é necessário criar pontes ao invés de muros, deixar de viver e existir, simplesmente por não acreditar que a vida é bela é se tornar um mero rascunho que jamais será lido por outra pessoa.
Enquanto estivermos aprisionados, cegos continuaremos esmagados pelo nada. E, desse modo a vida se torna pequena e a morte mesmo que um pouco distante se faz mais presente, convertendo a vida em uma mera bobagem patrocinada por pessoas inconstantes. Então, qual será seu objetivo para criar algo que jamais morra antes que não haja mais “tempo” para viver esta vida?