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Vander Christian

Autor: Vander Christian

Manias de Estudantes

17/11/2019 - Ribeirão Preto - SP

Conforme o tempo vai passando, certos hábitos e manias vão se perdendo, na imensidão de novidades, que surgem todos os dias. Confesso que não estou “antenado”, quando o assunto é rotina escolar. Ainda assim, é possível notar que as manias dos estudantes de hoje, são completamente diferentes das manias de quando eu estudava. Lá se vão quatorze anos, desde a última vez que carreguei um caderno nas mãos, pois não tinha paciência nenhuma para carregar a mochila nas costas.

O caderno tinha que ser de capa dura. Lembro, que fazia questão de escolher uma capa que tivesse a imagem de um super-herói. Se tivesse uma folha com adesivos, melhor ainda. No entanto, elas não eram tão comum. A febre do momento eram as capas com parte do elenco da malhação, onde jovens atores exibiam um sorriso de causar inveja em qualquer um.

Mas o encanto pelas capas de caderno com super-heróis foi se acabando com a chegada dos fichários. Nossa, fichário era incrível. Quando precisava levar o exercício para o professor corrigir, bastava tirar a folha, isso evitava que, no meio do caminho, a tabela periódica ou qualquer outra folha, saísse voando pelo chão da sala.

Contudo, se os cadernos com heróis nas capas eram caros, os fichários custavam o dobro.

— Não dá pra comprar dois. Vai ter que se conformar com um simples caderno — deixava claro mamãe.

Nessas horas, sentia raiva de ter uma irmã. Então, passava o resto do dia sem conversar com ela!

Eu também tinha um fascínio por lapiseiras. Nunca consegui achar minha letra grandes coisas, então, considerava que com a lapiseira, minha letra dava uma melhorada. O problema é que as lapiseiras chamavam demais a atenção dos outros alunos. Elas sumiam com frequência. Lá vinha mamãe dizer que o melhor era usar lápis, além de ser barato, quase não sumiam.

A verdade é que dava um trabalhão, manter certas manias. Muitas vezes, quando não havia mais esperança de ter algo que estava na moda, o jeito era abaixar a cabeça e seguir em frente; o importante era estudar.  

Parece que os estudantes de hoje, não dão a mínima para essas coisas. São menos exigentes. Basta ter o celular nas mãos, que está tudo certo!

 

 

 

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Até breve,

 

 

          

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