ColunistasCOLUNISTAS

Pedro Fagundes de Borba

Autor: Pedro Fagundes de Borba

Passagem poética

2/8/2020 - Ribeirão Preto - SP

    Em seu antipoema “Montanha Russa”, Nicanor Parra apresenta a situação, a condição relacionada com sua antipoesia, a forma que esta acontece.

   Constata que, por meio século, foi a poesia o paraíso do tonto solene. Até que se chegou ele e se instalou com sua montanha russa.

   Convidou a subir, se assim lhes fosse. Claro que não respondia se descessem escorrendo sangue pela boca e narizes.

  Assim descrevendo, mostra as voltas da antipoesia, os muitos lados para os quais esta leva, o que pode fazer. É, em muitos sentidos, a poesia em forma próxima da vida, afastada das formas poéticas mais centradas, mais afastadas da ideia do poético como ligado fortemente a vida, naqueles casos associado com uma representação mais afastada. Surge assim a antipoesia ,com seu profundo caráter poético, trazendo este para uma outra forma, baseada em outra ideia poética, fortemente associada ao coloquial e ao que ocorre, em toda sua intensidade.

Compartilhe no Whatsapp