COLUNISTAS

Autor: Thales Kroth de Souza

Sucessão familiar: desafios no cenário brasileiro

25/7/2022 - Ribeirão Preto - SP

“Herdeiro não será sucessor, mas pode vir a ser se for preparado para isso” – Renata Erler.

Essa frase dita por Renata Erler no evento da BeefPoint em 2016 sobre sucessão familiar é um debate propositivo para atenção ao cenário brasileiro. O tema governança corporativa e sucessão familiar, tanto em pequenas, médias e grandes empresas está sendo discutido com ênfase em eventos, cursos, seminários nas redes, todavia se 90% das empresas brasileiras possuem perfil familiar o que corresponde a 65% do PIB (Produto Interno Bruto) e responsáveis por 75% das contratações a nível nacional (IBGE), este tema é muito mais exigível. Lembrando também que 44% das empresas familiares não possuem um plano de sucessão e cerca de 72% não têm uma sucessão definida para posições estratégicas (PwC), ascende um alerta no visor da gestão e dos conselhos.

Se na área empresarial temos motivos para deliberar e conversar muito, a sucessão para a área da saúde já fez saltos incríveis como na fertilização in vitro que existe a 44 anos com desenvolvimento pleno, sobre a qualidade dos embriões e da sucessão familiar. Anteriormente sendo um pivô em debate, hoje é uma opção para casais com causas e desafios para gerar descendência.

Se você possui um negócio ativo, deve pensar sobre a gestão do conhecimento desde o início das operações. Deveria conter mesmo no plano de negócios pela natureza de observações e detalhes para fortalecer a estrutura e as condições de atendimento aos clientes pelos produtos e serviços oferecidos. O conhecimento não deve ficar retido em uma área ou em uma pessoa só com uma responsabilidade gigante que, acaso venha a falecer ou desligar-se da empresa, o negócio pode falir, ter problemas para resolver pendências, problemas, etc. O conhecimento deve ser passado para outrem sim. É importante ter a comunicação com fluidez e acessória como vantagem competitiva na gestão interna da empresa. O processo de sucessão faz todo sentido quando coloca-se essas cartas na mesa.

"A sucessão empresarial é um procedimento de passagem de poder e capital de uma empresa para outra empresa que, continuará executando as atividades da empresa anterior mesmo que com outra razão social." (Aracélia Silveira Corrêa, Massicano Advogados)

Revalidar explicações sobre gestão não é só um reflexo de como tornar-se atrativo no mercado, passar o "bastão" para uma pessoa ou empresa reflete um momento de alta capacidade de transformação, pois precisará manter o nível de qualidade, a exigibilidade da passagem de informações, o mantimento das operações, o aspecto financeiro quanto ao fluxo de caixa, o contábil para o registro e outros níveis, econômico pela perenibilidade do negócio, pela gestão envolvendo aí a administração para precaver outros cenários, dúvidas, o relacionamento com clientes, fornecedores e acionistas, o plano estratégico, planejamento sobre outros prazos, responsabilidades, outros aspectos.

O Brasil possui cenários de riscos e incertezas. Às vezes, notícias e informações possuem impacto diferente da apuração e o mercado reage diferente do esperado. Ter um planejamento sobre a sucessão familiar é muito válido e positivo para quando as gerações encontram-se e mantém-se o foco para interesses comuns. Por outro lado, se hpa vantagens como comprometimento, transmissão do conhecimento e confiabilidade e desvantagens como a complexidade, falta de disciplina e a informalidade (Renata Freitas de Camargo, Treasy, 2017) ao fazer a sucessão familiar, por outro lado não há segredos ademais para a correta fase apenas cuidados que devem ser adaptados conforme a nova geração "toma conta" da empresa.

Se em 2020 houve abertura de 3.391.931 novas empresas, em 2021 saltou para 4.052.796 e em 2022 para 1.350.127 e continua subindo. No aspecto de abertura, diversos podiam ser pontuados como aqueles citados no ranking de liberdade econômica (Index of Economic Freedom), parceria da Heritage Fundation com o The Wall Street Journal, sobre o estado de direito, o tamanho do governo, a eficiência regulatória e mercados abertos. Com um sistema de pontos, basea-se nos países com melhores liberdades. O Brasil teve melhoras significativas com aperfeiçoamentos políticos, judiciais e estatais recentemente inclusive, todavia há muito ainda para ser feito.

Outro ponto está no Mapa das Empresas do Governo Federal em: https://www.gov.br/empresas-e-negocios/pt-br/mapa-de-empresas, que aponta que o tempo médio para abertura de empresas é de 1 dia e 7 horas, sendo que 66,1% foram abertas em menos de um dia. No site, é possível simular os cenários incluindo região, viabilidade, registro, filiais, etc. Um parâmetro que também serve de análise para entender desafios de melhoria no Brasil.

Com isso, observa-se que a sucessão empresarial deve ser tratada com planejamento e responsabilidade por profissionais capacitados e podem contribuir positivamente para a demanda. Também observa-se a criação de Conselho de Administração para posicionar a geração anterior na deliberação de planos, projetos, ideias e discussões ativas e inativas da empresa para a Diretoria. Com importância diferente, preparar pessoas para entenderem processos e produtos possui custos e riscos e necessita de energia e esforços concentrados para que um trabalho do papel à teoria, encaminhe do projeto à prática, com atenção à forma da condução e elaboração estratégica do plano.

Prosseguinte, a eleição de Conselheiros independentes, segregação dos cargos de Presidente do Conselho e de Diretor Presidente, possuir Diretoria que atendam aspectos técnicos, mas também para o bom desenvolvimento do negócio e que torna a empresa com assimilidade para desafiar novos limites, ousar inovar, apoiar a contratação diversas de outras nacionalidades e intercâmbio de pessoas e comercial, faz com que a empresa tenha novos sabores e a cultura seja reformada para uma nova pauta o qual aprender é programar.

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