Autor: Thales Kroth de Souza
Conselho de Administração é um órgão deliberativo a qual trabalha em prol da organização representando acionistas, visando as melhores condições de competitividade, estratégia, perenidade, expansão e aprovação de decisões de uma empresa.
Conselheiros são indicados pelos acionistas, mas também podem ser indicados por acionistas, incluindo aí recrutamento externo, os chamados conselheiros independentes (externos) e passando normalmente por um rigoroso processo de seleção. A fim de conhecer toda a estrutura da empresa, é recomendável visitas a filiais, ampla formação acadêmica, construção de uma carreira que não dependa da remuneração como conselheiro para segregar seus recursos, ou seja, que já possui uma condição financeira estável, esteja disposto a aprender, reaprender e compreender o mercado, etc.
Para atuar em um conselho, a matéria de estudo pode ser totalmente diferente da imposta pela administração, pois talvez um executivo de mercado de uma área diferente possa votar e tecer comentários diferentes para as reuniões, o que mostra o ponto de diversidade de áreas, cargos, níveis para o corpo deliberativo.
Conselheiros mais jovens tendem a ser fundadores de empresas, mentores de projetos, a ocuparem cargos de direção executiva, competências de liderança, foco em resultados, visão de curto e médio prazos, estratégia de diferenciação no mercado, a terem espírito mais empreendedor com risco a ousarem fazer. São características interessantes para tornar um conselho mais disposto a sair da zona de conforto.
Conselheiros mais sêniores tendem a possuírem uma carreira desenvolvida, ter já experiência em conselhos ou já estão nas experiências mais relevantes das empresas, profissionais com visão de médio e longo prazo, adotam a estratégia visando a perenidade financeira e para os serviços/produtos possuem ciclos para reinvenção empresarial e de gestão, não dependem financeiramente do cargo e sua atuação profissional tende a exigir uma consultoria, além de investimentos em sua carteira.
Ambos ambos contribuem com sua formação acadêmica, da teoria para a prática e a aplicabilidade dos conceitos estudados, o que diferente as gerações não são faixa etária, condição social, evoluções profissionais, nem capacidade de gestão. As maiores peculiaridades do ser humanos são suas capacidades psicológicas e atualizações. Assim, se uma área requer alto controle emocional a risco como a financeira e outra que tende a inovação vinculado à imagem dos administradores como em marketing e publicidade, conselheiros indicados são empresários, fundadores, investidores, acionistas, pois o contraste com a mudança é a configuração própria para a alteração do conselho.
Para sair-se bem em uma posição de destaque é necessário o interesse pelo feedback desde o início, o diálogo com acionistas, ouvir a todos, fazer uma boa gestão do tempo e saber que sua atuação não está somente nas reuniões. Os conselhos vão além das votações, reuniões e pareceres. O conselheiro que quer se destacar precisa conhecer a cultura empresarial, ver pessoalmente as estruturas, saber as oportunidades que o mercado apresenta. Realmente, as reuniões de comitês exigem uma preparação prévia para dar pareceres confiáveis e decisivos, saber como as empresas funcionam faz com que ganhem pontos a mais para o cargo e esteja preparado para qualquer viés e postura.
Ser conselheiro é ter responsabilidade pelas ações da empresa, saber ouvir as discussões sobre processos judiciais, atividades operacionais, liquidez, fluxo de caixa, investimentos, financiamentos, questão de divisas, comércio exterior; se empresa de pequeno e médio porte: avaliar a capacidade de entrega da diretoria executiva, reformulações em estratégias, fazer um cronograma executivo e propor medidas e mecanismos para aperfeiçoar a administração, pensar como a empresa pode prevalecer-se com a tecnologia, a sustentabilidade ambiental, social e financeira, pensar nos funcionários, fornecedores, acionistas, prever tendências, avaliar condições para que a pequena empresa hoje saiba aproveitar oportunidades que a façam valer destaques e sua imagem encontre relevância e a posição que ela merece.
O conselho do futuro não é aquele protagonizado exclusivamente pela tecnologia através de mecanismos para sua participação, em hologramas, através de painéis, questões cada vez mais complexas, novas atividades operacionais, compreensão de como tomar decisões difíceis e discussões que podem sair do controle e ter que dar um tempo de 10, 15 minutos porque os ânimos se exaltaram. Não fica limitado a condições extrahumanas que somente pessoas de alta capacidade podem prevalecer. As condições humanas, como em seu nome já mostram são humanas, então as competências, habilidades como inteligência emocional, relações interpessoais, comunicação, negociação, cordialidade, educação, objetividade, comunicação não-verbal, tolerância, disciplina, etc, são muito importantes para exercer a função.
Se ficou interessado em ser indicado, entenda que começa realmente do plano de baixo, através das indicações de acionistas minoritários, empresários, indicações da diretoria executiva que as aprovações passam. Claro, com participação do setor de recursos humanos ou mesmo com a avaliação do comitê de exibilidade, às vezes apresentam-se com a nomenclatura comitê de pessoas, comitê de gente e gestão, avaliam-se candidatos e realizam-se coletas de informações, análise de currículo, entrevistas, provas e pareceres.
O primeiro conselho tende a ser mais difícil pela capacidade ainda menor que o executivo possa contribuir, todavia o que assegura-lhe uma maior aprovação é a construção de networking com outros conselheiros no mercado, aceitar propostas para ser mentor ou conselheiro consultivo, somar experiências que agreguem para as organizações como as sem fins lucrativos e em projetos pela sua experiência, uma valorização que impacta na aceitação de seu nome no comitê e, consequentemente, na reunião do conselho é como irá contribuir.
A premissa que o início foi através do mercado e ao mercado voltarás é válida, então, construa alianças, estratégias para indicações futuras, faça networking executivo, transforme o seu nome em um potencial nome para conselhos através da confiança de seus serviços e de seu valor; faça um bom trabalho em sua jornada no conselho da empresa X visando a melhor performance para indicações a outras empresas no mercado; seja o conselheiro ideal além dos requisitos desejáveis e faça valer a confiança depositada em seu nome.
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