Autor: Frias Neto Consultoria Imobiliaria
Se você acredita que ter pets em apartamento é impossível, saiba que não é bem assim. Independentemente do espaço que se tem disponível, é possível ter uma vida compartilhada com um bichinho, desde que você consiga suprir as necessidades da espécie.
Cães e gatos há muito tempo são considerados integrantes das famílias, assim como outros animais: aves, roedores, coelhos, répteis etc. A partir desta perspectiva, cada vez mais os tutores se preocupam com a qualidade de vida que podem oferecer - em especial devido a falta de espaço e tempo.
Contudo, existem diferentes animais que podem ser pets, cada espécie com necessidades também distintas. Para quem não consegue parar muito tempo em casa, espécies menos sociáveis com humanos são uma opção, como roedores, peixes e até aves (desde que tenham a companhia da própria espécie).
Se você trabalha home office e sempre sobra um tempinho para jogar uma bolinha e dar uma volta no bairro, cachorros já podem entrar tranquilamente na sua lista.
Com exceção dos cães de porte gigante, o tamanho do apartamento onde você mora não necessariamente é um problema. Basta oferecer passeios diários e outros tipos de atividades: esportes caninos, creche e enriquecimento ambiental.
Para você entender como cuidar de um pet em apartamento, a Frias Neto Consultoria de Imóveis destaca algumas dicas.
1 - Conheça as regras do condomínio
Conhecer as regras do condomínio é a primeira e principal dica para você não ter problemas jurídicos e emocionais no futuro - visto que questões dessa ordem envolvem processos desgastantes.
A legislação brasileira determina que nenhum condomínio tem o direito de decidir se os proprietários dos apartamentos podem ou não ter animais de estimação. Porém, espaços de convívio podem ter regras muito rígidas e que dificultam a circulação dos animais e a presença de alguns animais. Portanto, é importante conhecer as normas internas.
Além das áreas em comum, barulhos podem significar um grande problema na convivência com a vizinhança. Portanto, é preciso considerar a necessidade de adestramento em alguns casos.
Outro detalhe a considerar, para quem mora de aluguel, é se o dono do imóvel permite a presença de pets no apartamento.
2 - Decida por uma espécie que você consiga suprir as necessidades
Se você não quiser ter problemas de destruição, vocalizações, eliminações inapropriadas, fugas e doenças, devido a baixa qualidade de vida, antes de criar um pet em apartamento é preciso ajustar as expectativas sobre o que você deseja ter e o que pode oferecer.
Animais são seres vivos e sencientes (têm emoções e percebem o mundo a sua volta), sendo que cada espécie possui uma necessidade diferente: alimentar, social, de saúde, de atividades físicas e cognitivas.
Um filhote de cachorro, por exemplo, deve ser alimentado mais vezes ao dia; necessita aprender a ficar sozinho, passear e fazer cocô e xixi no lugar certo. Ou seja, precisa de tempo de dedicação diária. Já um adulto demanda uma atenção menor, porém, não pode ser rara.
Um gato fica muito mais feliz com banheiros limpos, quando pode arranhar, escalar e brincar de caçar. Enquanto os roedores gostam de esconderijos e, muitos, têm hábitos noturnos. Impedir os comportamentos naturais, bem como não oferecer o básico para a espécie, pode comprometer a saúde física e emocional dos animais - o que acaba tornando a vida deles pobre em estímulos, muito entediante ou estressante.
Não são raros os problemas comportamentais e de saúde devido a falta de bem-estar e qualidade de vida, como lambeduras e picacismo.
Na hora de ter um pet em apartamento, lembre-se de fazer uma boa pesquisa e considerar o tempo de vida médio da espécie, seus custos (veterinário, alimentação, e outras necessidades) e qual a rede de apoio você dispõe em casos de emergência - mudança de país, chegada de filhos, separações etc.
3 - Escolha com consciência sua companhia
Depois de entender qual espécie é a ideal para o seu modo de vida, é hora de escolher com consciência sua companhia.
Ter pets diferentes dos convencionais pode parecer muito interessante e divertido, mas é importante saber que é preciso autorização para ter espécies exóticas. A compra de alguns animais é ilegal e, mesmo com aprovação de órgãos ambientais, sendo selvagem, esse indivíduo precisará de uma atenção especial quanto às suas necessidades.
Por isso, avalie a possibilidade de ter um animal domesticado ou semi domesticado - aqueles que não ficarão estressados vivendo na presença de humanos e fora de seu ambiente natural. Em outras palavras, que irão se adaptar bem à vida em um apartamento e em meio urbano.
Também vale considerar a adoção de cães e gatos de ONGs e famílias acolhedoras.
Isso porque são muitos os casos de animais criados em “fábricas de filhotes” - criadores de fundo de quintal que não se preocupam com a saúde dos animais e vendem, a preços normalmente menores, indivíduos de raças com diversos tipos de problemas.
Para não alimentar essa indústria, procure criadores responsáveis ou adote.
É importante saber também que não existe nenhuma comprovação científica que determine 100% a personalidade dos indivíduos de uma raça. Portanto, se você deseja um perfil de animal específico, a melhor opção é escolher um adulto. Pois o cuidador já sabe quais são suas qualidades e dificuldades.
4 - Organize o espaço: bem-estar e segurança
Nem sempre as nossas casas estão prontas para receber um bichinho, mesmo sendo o mais doméstico deles, o cachorro.
Pisos escorregadios, janelas sem proteção, nenhuma superfície absorvente, cadeiras pelo caminho, móveis que não podem ser riscados, sofás que não podem ter pelo e enfeites delicados, nada disso faz parte do mundo animal.
O ambiente pode realmente ser o elemento mais desafiador quando pensamos em ter um pet em apartamento. É preciso considerar (considerando o que cada espécie gosta):
Onde será o banheiro;
Onde serão os pontos de descanso?
Onde o animal vai comer?
Qual ou quais os espaços ele poderá ficar?
Nesses locais existem condições para o animal exercer comportamentos naturais? (gatos: escalar, arranhar, se enconder; cães: roer, brincar, fazer as necessidades).
Sua casa está segura suficientemente? (portões de segurança; telas de proteção; escadas com antiderrapante; objetos pequenos e que podem ser engolidos, medicações, utensílios de limpeza e químicos fora de acesso, entre outros).
5 - Procure profissionais qualificados: veterinários, adestradores e cuidadores
O dia a dia com um pet em apartamento pode ser muito gratificante. Afinal, quem não gosta de ser recepcionado por um peludo ou por carinhas curiosas e animadas? Porém, é preciso certificar-se de que seu animal estará em mãos confiáveis quando você precisar.
Em primeiro lugar, é importante visitar um veterinário de confiança. Além de uma clínica bem indicada, conheça as opções disponíveis 24 horas - em casos de emergência.
Assim que possível, leve seu animal para fazer um check up e avaliar quais os procedimentos são importantes: castração, vacinação, vermifugação, limpezas, tratamentos etc.
Tudo que envolva a saúde do seu pet precisa ter um acompanhamento de um veterinário. Na atualidade, existem muitos especialistas, tanto no que diz respeito às espécies quanto a áreas de atuação: dermatologia, nutrição, gastrologia, comportamento, oftalmologia, fisioterapia, oncologia, neurologia, ortopedia, entre outros.
Além do veterinário, liste toda a rede de apoio que você dispõe para te ajudar com seu animal, caso precise viajar ou em outras situações. Entre eles podem estar profissionais, como pet sitters, passeadores e adestradores - que vão te ajudar a manter seu animal mais feliz, com uma boa rotina de atividades e habilidades para lidar com os desafios de viver em um mundo humano.
Procure profissionais com compromisso ético e preocupados com o bem-estar do seu bichinho.
6 - Como fazer a adaptação
Um pet em apartamento, assim como qualquer novo indivíduo na casa, pode gerar grandes mudanças na rotina. Mas se você seguiu as dicas até aqui, está bem preparado para esse desafio.
Além de um ambiente já pronto para receber seu animal você também deverá:
Organizar como deverá ser a nova rotina com seu pet - coloque horários para alimentação, passeios, brincadeiras, treinos e horas de descanso; quanto mais organizado e rotineiro for o dia a dia, mais rápida será a adaptação.
Promover atividades de EA (Enriquecimento Ambiental) - você pode achar que é só um brinquedo, mas muitos objetos que você encontra em pet shops e agropecuárias são opções de EA. Muitas delas envolvem uma alimentação interativa, afinal de contas, na natureza nada se ganha de graça! Esse tipo de brinquedo é capaz de promover atividades físicas, cognitivas e sensoriais, que vão ajudar seu animal a ficar mais à vontade na nova casa.
Manter a limpeza e a alimentação em ordem - um dos pontos mais importantes para se manter a qualidade de vida é ter uma boa alimentação e higiene, isso vale para nós humanos e também para todos os outros animais. Cada espécie tem suas necessidades nutricionais e de eliminação fisiológica, para evitar problemas comportamentais e de saúde, ofereça uma boa alimentação e mantenha o espaço do animal, assim como as suas vasilhas, limpo.
Usar feromonioterapia - No caso de cães e gatos, já existem no mercado produtos comprovados cientificamente que ajudam em processos de adaptação a novos ambientes. Isso ocorre a partir da sintetização de feromônios que “passam mensagens” reconfortantes. O mais indicado para casas e apartamentos é a versão em difusor.
Contratar um adestrador positivo que se baseia em evidências - para você não errar na educação do seu animal e entender como funciona o aprendizado, é interessante que logo no começo você contrate um adestrador positivo (que não usará aversivos com o seu pet), que se baseia em evidências científicas e éticas para realizar o trabalho. Tudo isso é importante porque ele deverá te orientar com informações muito básicas e que podem afetar enormemente a relação que você mantém com o seu animal. Além de te ensinar como obter comportamentos desejados do seu bichinho, em vez dele emitir os inadequados, o adestrador também irá ajudar a economizar na escolha de equipamentos. Ou seja, você não ficará comprando itens e acessórios desnecessários.
Por que vale a pena investir em condomínios com pet place?
Como deu para perceber, a qualidade de vida do pet é determinante para mantê-lo feliz e saudável.
Atualmente, os cães já são mais numerosos que as crianças nas casas brasileiras, de acordo com o IBGE. Porém, na contramão da importância deles para as famílias, as residências são projetadas apenas para facilitar a limpeza e o convívio humano.
Por isso, levar o cachorro ao lugar em que ele possa cavar, brincar e correr, tem sido a solução aos tutores mais comprometidos.
Considerando especialmente a necessidade dos cães em gastar energia e socializar com pessoas, bem como outros indivíduos da mesma espécie, cada dia mais cresce o número de empreendimentos que oferecem o pet place.
O interessante deste tipo de espaço, além da facilidade de acesso para os moradores, é a segurança.
Portanto, se o seu objetivo é ter uma família multiespécie, vale a pena investir em condôminos com o pet place. Via de regra, eles também serão mais tolerantes com a presença dos nossos amigos de quatro patas em outras situações e espaços de convívio.
Para conhecer empreendimentos em Piracicaba e região que tem essa visão pet friendly, converse com o chat da Frias Neto Consultoria de Imóveis.