Autor: Thales Kroth de Souza
A grande questão seria se fosse transpassado para o modelo físico, onde muitas pessoas já ignoram umas às outras a depender da conversa e que momento do dia você está, parece já haver uma praticidade de partir para outra ideia enquanto o seu interlocutor fica imaginando a sua resposta não dada em um diálogo rápido. Se é ruim esse constrangimento moderno, iagina ignorar uma pessoa no meio da explicação assim sem mais nem menos como se fosse natural, igual às redes sociais? Certamente causará um maior estar maior, mas se fisicamente é diferente, digitalmente já está parecendo algo natural.
Grande valia fica no imaginário, mas não posterga na razoabilidade de uma troca de textos, onde um interlocutor pode receber muitas mensagens ao longo do dia, ficando sem cabimento conseguir responder a todas em tempo hábil. É lógico que o bom senso para um aparelho que recebe mais de 100 mensagens em diversos grupos e pessoas sobre uma apática pergunta de plano de celular. Com o poder da personalização, a configuração da não resposta prejudica e muito as interações sociais.
Outro problema identificado está na visualização do texto. Alguns entram na rede social, aparecem online, visualizam e passam em branco. Parece que apenas a visualização seja suficiente para demonstrar sua resposta sê positiva, sê negativa. Imagina-se se fosse uma mensagem urgente, talvez perigosa, contrapõe a uma emocional, etc. Tratando-se de negócios, a mensagem pode soar colaborativa; se for uma pergunta, uma informação para fechar uma negociação, uma cobrança de dívida, uma solicitação de envio, uma informação pessoal, um pedido de desculpas, um pedido de casamento, etc? Imagina a pessoa se conectar, visualizar, não responder e sair?
Essa é uma prática que vem crescendo no mundo corporativo e também para redes tradicionais do Grupo Meta (Facebook, Instagram, WhatsApp e Threads), assim como no X, Kwai, Tiktok, LinkedIn, Snap, entre outras. Parece ser um comportamento cada vez mais natural para com o próximo. Há uma falta grande de bom senso quanto à razoabilidade do comportamento de resposta que beira à ignorância prática de um modelo não humano, quase robótico. É como se a obrigação de resposta fosse algo que pegasse tanto no pé que é descartável, não precisa responder, o indivíduo consegue ler mentes, usar clarividência, adivinhar o retorno, etc.
Há outras questões que ficam em evidência visto que essa prática espalha-se mais facilmente como padrão cultural transpassada nas faltas de respeito e educação a depender do caso. Há quem ache natural não responder para pessoas próximas, familiares, amigos, vizinhos, colegas de trabalhos, líderes, diretoria, etc. Há quem ache normal qualquer coisa que não o seja, todavia é moralmente aceito como uma falta de educação ter esse comportamento.
O prognóstico do vácuo não está bem definido no meio físico pela falta de caratice que milhares de pessoas não conseguem desconversar. Ou seja, a falsidade ou fingimento pode até permancer online, todavia offline não rolaria para tentar não ceder o spoiler quanto ao nem aí na parte que me toca se você vai gostar ou não esse comportamento. Então, pega a obstrução complicada que a falta de uma resposta pode resultar em decisões importantes, pois se uma pessoa se acostumar com a maneira como o padrão online realiza, quando ocorrer na área fisica, será uma sensação bem estranha.
Hoje, apenas acompanha-se mudanças simples de comportamento que se alteram, tomara que comportamentos ruins ou indesejáveis não tornem-se rotina nos demais meios que às pessoas vivem. Se problemáticas assim ocorrerem e mal-estar forem gerados, teremos que ampliar o poder da Justiça para a quantidade de processos que poderão ser solicitados frente à essa mudança do desenvolvimento humano, que mais acho que seja um atraso mesmo.
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