Frente Nacional de Prefeitos debate falta de médicos com Ministro da Saúde

15/5/2013 - Ribeirão Preto - SP

da assessoria de imprensa da Prefeitura de Ribeirão Preto

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, voltou a afirmar nesta terça-feira, dia 14, em Brasília, que faltam médicos no país e que a situação preocupa o governo federal. Segundo ele, a taxa de profissionais para cada 1.000 habitantes, no Brasil, chega a 1,8. Na Argentina, esse índice é 3,2; em Portugal, 3,9 e na Espanha, 4.

Esta afirmação foi feita na Câmara dos Deputados, durante reunião com a diretoria executiva da Frente Nacional de Prefeitos, a FNP, que busca alternativas para os municípios carentes de profissionais de diversas especialidades na saúde. O encontro foi articulado pela prefeita de Dárcy Vera, que é presidente para assuntos de Infraestrutura Urbana da FNP. “Precisamos encontrar medidas que resolvam essa questão, pois os municípios brasileiros sofrem devido a grande falta de profissionais especializados. Abrimos concursos, mas eles não aparecem. Este é um drama que nos aflige e nos faz buscar o Ministério da Saúde para uma solução que, certamente, também passa pela Educação”, disse a prefeita Dárcy Vera durante o evento.

Ela lembrou, por exemplo, que em Ribeirão Preto, em 2012, foram convocados 98 médicos aprovados em concurso, mas apenas 50 aceitaram a vaga. “Sabemos que essa condição é nacional, mas não podemos conviver com ela, porque tem prejudicado o usuário”, emenda a prefeita.

Durante audiência pública, Padilha defendeu as medidas anunciadas pela pasta, em parceria com o Ministério da Educação, que incluem o estímulo à entrada no sistema de saúde brasileiro, de médicos com formação no exterior e a abertura de vagas de cursos de medicina em locais onde há carência de profissionais.  “Querer dizer que esse debate pode significar uma queda de qualidade não é compatível ao que acontece em outros países do mundo. Se queremos oferecer saúde pública universal gratuita, temos que ampliar o patamar de médicos e aumentar vagas”, destacou. Padilha lembrou ainda que a expansão dos serviços de saúde brasileiros, nos últimos anos, possibilitou um mercado de contratação formal cada vez maior, mas que o número de profissionais formados não acompanhou a demanda.

Dados da pasta indicam que, de 2003 a 2011, o país formou 93 mil médicos. No mesmo período, foram 146,8 mil admissões de primeiro emprego na medicina. “O Brasil tem poucos médicos e muito mal distribuídos. O Maranhão tem 0,6 médico por mil habitantes e Brasília tem 6. O número de vagas em cursos de medicina também é mal distribuído”, destacou.

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