Profissionais de Saúde levam medicamento a pacientes portadores de tuberculose

24/1/2014 - Ribeirão Preto - SP

da assessoria de imprensa da Prefeitura de Ribeirão Preto


A implantação do tratamento supervisionado para atendimento a pacientes portadores de tuberculose elevou o índice de cura da doença de 67,5% em 1998, para 85% em 2012. Esse tratamento consiste na observação da ingestão dos medicamentos, preferencialmente todos os dias, administrado por profissionais de saúde ou eventualmente por outra pessoa, desde que devidamente capacitada.

 “Atualmente temos 114 pacientes em tratamento de tuberculose, que têm acompanhamento em ambulatórios e também no Hospital das Clínicas, para onde são encaminhados os pacientes com problemas mais complexos, mas que são supervisionados pela equipe da Secretaria Municipal da Saúde”, explica a coordenadora do Programa de Controle da Tuberculose da Secretaria da Saúde, Lis Aparecida de Souza Neves.

O município de Ribeirão Preto foi uma das primeiras cidades do Brasil a adotar o tratamento supervisionado, em 1997, em uma unidade de referência. Posteriormente o tratamento foi ampliando para outros ambulatórios onde há assistência aos portadores da doença, como o Centro de Referência em Especialidades Central, Centro de Referência José Roberto Campi, Centro de Referência Alexander Fleming-Simioni e CSE Sumarezinho.

As pessoas tratadas por esta estratégia têm maior probabilidade de curar a tuberculose. Além disso, o município registrou diminuição de abandono do tratamento de 9,8% para 3,6%. “Por causa disso, Ribeirão Preto recebeu menção honrosa pelo Programa Estadual de Tuberculose, como destaque nas ações de controle referentes ao ano de 2012”, afirmou a enfermeira.

Lis informa ainda que esta modalidade de tratamento aproxima os profissionais de saúde do contexto social do paciente, estabelece vínculos entre o serviço de saúde-doente-família, ao mesmo tempo que ameniza os efeitos do estigma da doença, ainda tão presente na sociedade.

Estratégia da OMS – A Organização Mundial da Saúde (OMS) sugeriu a implantação desta estratégia de tratamento, após constatar que um dos maiores problemas no tratamento da Tuberculose na atualidade é a não adesão, pois uma vez que o paciente abandona o tratamento ele se torna uma importante fonte de transmissão do bacilo para a comunidade.

A estratégia de supervisionar a tomada das medicações, chamado de Tratamento Diretamente Observado de Curta Duração (DOTS), ou simplesmente Tratamento Supervisionado (TS) tem sido recomendada desde 1993.  Em Ribeirão Preto a supervisão acontece por parte de um auxiliar de enfermagem ou visitador sanitário e, eventualmente, por agentes comunitários de saúde capacitados, sempre sob orientação de um enfermeiro.

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