da assessoria de imprensa da Prefeitura de Ribeirão Preto
Em solenidade realizada na tarde desta quarta-feira, dia 12, foi formalizada a implementação do Protocolo Municipal de Saúde Reprodutiva para pessoas vivendo e convivendo com o HIV/Aids, elaborado pela Secretaria da Saúde de Ribeirão Preto, por meio do Programa Municipal de DST/HIV/AIDS, em parceria com Departamento de Ginecologia e Obstetrícia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e outros parceiros.
O evento, realizado no auditório do Centro de Referência em Especialidades, contou com a presença de Lidiane Sampaio Freitas, coordenadora de Assistência e Tratamento do Departamento Nacional de DST (Doenças Sexualmente Transmissíveis) Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde e o do professor Rui Ferriani, chefe do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia da Faculdade de Medicina da USP (Universidade de São Paulo).
Segundo a enfermeira Fátima Regina Neves, coordenadora do Programa Municipal DST/Aids, o protocolo permitirá aos profissionais de saúde adotar um atendimento especial para mulher portadora do HIV para dar-lhe oportunidades de concepção ou contracepção. “Hoje, a rede básica já oferta às gestantes o teste anti-HIV. Aquelas que foram constatadas como soropositivas serão encaminhadas ao ambulatório especializado para acompanhamento”, afirmou a enfermeira que fez a palestra de abertura do lançamento.
Em seguida houve palestra sobre o tema “Importância do planejamento reprodutivo para as pessoas que vivem e convivem com HIV/Aids e apresentação do fluxograma da anticoncepção”, pela médica Carolina Sales Vieira, do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia da Faculdade de Medicina.
Já a médica Fabiana Rezende Amaral
apresentou os “Dados epidemiológicos e fluxogramas da concepção para pessoas que vivem e convivem com HIV/AIDS” e a médica Paula Andréa Navarro falou sobre “As Estratégias de prevenção da transmissão vertical e horizontal do HIV em nível terciário”.
Dados - No Brasil, aproximadamente 80% das pessoas com Aids se encontram na faixa etária reprodutiva e, nos últimos 10 anos, segundo dados do Ministério da Saúde, 47 mil mulheres com o diagnóstico de HIV/Aids engravidaram. “Pessoas que vivem e convivem com HIV/Aids têm o direito de planejar livremente se querem ou não ter filhos. Também têm o direito de ter acesso a serviços integrais de saúde e ações de promoção e atenção à saúde sexual e reprodutiva, incluindo o planejamento familiar, a concepção e a contracepção”, defende Fátima Neves.