da assessoria de imprensa da Prefeitura de Ribeirão Preto
O vereador Dr. Jorge Parada, presidente da Comissão Especial de Estudos que analisa os problemas de atendimento nas unidades do município, coordenou a última reunião da CEE nessa terça-feira, 21/10. O convidado era o secretário municipal da Saúde, Dr. Stênio Miranda. Mas, a reunião também teve a participação de familiares do caminhoneiro Fernando Garcia, que morreu aos 55 anos de idade, no dia 04 de outubro, após quatro atendimentos na UPA – Unidade de Pronto Atendimento. À comissão, os familiares disseram que o paciente foi diagnosticado com má digestão e até depressão e que, mesmo com sintomas de náuseas e fortes dores abdominais, não foi solicitado exame de urina. O exame de urina, e o diagnóstico de infecção urinária, foi feito no HC para onde o paciente foi removido e onde veio a falecer.
O Dr. Stênio Miranda explicou que o caso está sendo investigado pela secretaria municipal da Saúde, Conselho Regional de Medicina e Ministério Público e que será esclarecido.
O secretário também foi questionado pelos vereadores Bertinho Scandiuzzi, relator da comissão, Bebé, André Luiz da Silva, Genivaldo Gomes e Capela Novas. O presidente da Câmara, Walter Gomes, também participou da reunião.
Os vereadores destacaram que é preciso reavaliar os procedimentos de atendimento nas unidades municipais de Saúde diante dos casos fatais que estão sendo investigados, como os das jovens Gabriela Zafra, 16 anos, e de Laís Fernanda Balan, 22 anos, ocorridos no primeiro semestre, e que motivaram a abertura da CEE da Saúde, em 10 de junho.
Parada disse que é preocupante a demora em se chegar a diagnósticos corretos e que há necessidade de qualificação específica dos profissionais de saúde que atendem nas unidades.
“Diante de tantos casos, não é hora de rever a comunicação entre os médicos iniciantes que fazem o primeiro atendimento e os médicos experientes, que estão na retaguarda? Um paciente que é atendido várias vezes num período curto de tempo tem um problema mais complexo. Há erros que são evitáveis”
O vereador Bertinho Scandiuzzi, que também é profissional da área de saúde, questionou os procedimentos do atendimento de emergência.
O secretário da Saúde explicou que o setor de informática está desenvolvendo um sistema que vai identificar os retornos dos pacientes.
O presidente da Casa, Walter Gomes, perguntou sobre a sobrecarga de atendimento no sistema público de saúde de Ribeirão Preto, que atrai pacientes de toda a região.
Stênio Miranda disse que a cidade deve fazer gestões junto ao governo federal para buscar compensação financeira para o reforço dos serviços médicos, ampliação do número de leitos e contratação de mais profissionais.
O vereador Bertinho Scandiuzzi vai, agora, fazer o relatório final da comissão. E já deixou claro que compartilha posição do presidente da CEE sobre a necessidade de promover um encontro para discussão ampla sobre o sistema de saúde em Ribeirão Preto.