da assessoria de imprensa da Prefeitura de Ribeirão Preto
Estudantes de Engenharia Civil de quatro faculdades de Ribeirão Preto participam de treinamento para avaliar a condição dos pavimentos asfálticos de Ribeirão Preto
Os estudantes Rafael Monteverde, Lucas Amantine e Amauri Neto, da Uniseb, são três dos 120 alunos de Engenharia Civil que participam de um estudo sobre a pavimentação asfáltica de Ribeirão Preto, sob coordenação do professor José Leomar Fernandes Júnior, da USP de São Carlos. Além da Uniseb, o curso conta ainda com a participação de estudantes do Centro Universitário Moura Lacerda, Unip e Unaerp.
Eles assistiram, na noite da última terça-feira, dia 12, nos Estúdios Kaiser, mais uma aula do treinamento para o trabalho de avaliação que será feito com acompanhamento de técnicos da Secretaria Municipal de Infraestrutura e as instituições de ensino envolvidas, que assinaram um convênio por intermédio dos coordenadores dos respectivos cursos de Engenharia.
“O treinamento é muito bom. Estamos tendo informações mais completas sobre a questão da pavimentação asfáltica”, disse Rafael. “São informações que vão acrescentar bastante ao nosso currículo”, complementaram Lucas e Amauri.
Nesta etapa do treinamento foram abordados temas como forma de avaliação da condição do pavimento, qualidade de rolamento, capacidade de suporte, defeitos na superfície, coeficiente de atrito pneu-pavimento, entre outros.
Segundo o professor José Leomar, para a implantação do sistema em Ribeirão a equipe da Coderp fez a adaptação de um software, que será alimentado por informações registradas pelos estudantes, que percorrerão as ruas da cidade.
A primeira fase, que deve durar cerca de um ano, será a avaliação de todo o pavimento. Com os dados, será possível planejar ações (o que fazer) e definir prioridades (onde e quando fazer), de acordo com a disponibilidade financeira existente. Ele aponta que uma das ações mais importantes do trabalho é a avaliação dos pavimentos, seguida de um bom planejamento das atividades de manutenção (corretiva e preventiva) e de reabilitação (reforço e reconstrução). Um dos objetivos é ampliar as ações preventivas, única forma de não se ter, no futuro, mais panelas e buracos do que capacidade de remendá-los.
“Em pavimento todos dão palpite, ignorando as complexas interações entre cargas atuantes, variações de temperatura e teor de umidade, propriedades dos materiais e desempenho, mas não o fazem, por exemplo, na construção de um edifício. Por isso, a maioria dos pavimentos da cidade não tem uma avaliação contínua. Isso provoca uma perda econômica tão ou mais catastrófica que a queda de um edifício, mas não provoca essa percepção, pois os prejuízos são diluídos ao longo do tempo”, comentou o professor.