Bairros com maior concentração populacional registram mais casos de dengue

17/2/2016 - Ribeirão Preto - SP

da assessoria de imprensa da Prefeitura de Ribeirão Preto

A Secretaria da Saúde divulgou, na última segunda-feira, mais de 1.500 casos confirmados de dengue e outros 430 suspeitos de zika. As duas doenças, presentes em vários municípios brasileiros, são causadas pelo mosquito Aedes aegypti, que mede cerca de 5 mm, mas pode trazer danos à saúde e até risco de morte para as pessoas. “Quem já teve a doença sabe o quanto ela deixa uma pessoa abatida. As dores no corpo são intensas, deixando a pessoa prostrada, sem ânimo, além da febre e manchas vermelhas pelo corpo, que podem causar coceira na pele”, diz a enfermeira Luzia Márcia Romanholi Passos, diretora da Divisão de Vigilância em Saúde e Planejamento.

Ela explica que o maior número de casos em Ribeirão Preto se concentra na região oeste do município, com 475 casos confirmados. “A fêmea do mosquito precisa do sangue para se alimentar e locais com grande concentração populacional, consequentemente, poderão ter um número maior de casos. Naquela região, por exemplo, em algumas residências chegam a morar cerca de 7 a 10 pessoas”, informa a enfermeira.

Em poucas palavras, isto quer dizer que o mosquito, no caso, a fêmea, encontra as condições propícias para se alimentar. “Ela tem uma fome voraz por sangue para propiciar a maturação dos ovos e quanto mais pessoas tiver para fornecer o alimento ela fica por ali”, completa a enfermeira.

O Aedes aegypti tem um ciclo de vida em torno de 30 a 45 dias e chega a voar de 50 a 100 metros. Então, se uma pessoa se contaminou com a doença, isso pode ter acontecido no trabalho, em casa, no supermercado e até no banco, ou seja, nos diversos locais por ela frequentado.

Por isso, a Secretaria da Saúde reforça a orientação para que as pessoas façam uma limpeza semanal em suas residências procurando e eliminando possíveis criadouros. “Em condições ideais de umidade e temperatura, da eclosão do ovo até o seu desenvolvimento para a fase adulta, a evolução do mosquito leva de 5 a 7 dias. Se a limpeza for realizada semanalmente, é possível quebrar esse ciclo”, garante ela.

Por determinação da prefeita Dárcy Vera, a Divisão de Vigilância Ambiental está realizando a capacitação de servidores para atuarem como agentes de combate a endemias em prédios públicos. Através de portaria foram nomeados três servidores para cada prédio. “Algumas empresas já entraram nesta luta. O ideal é que todas participem e ajudem no combate ao mosquito”, finalizou a diretora da Divisão de Vigilância em Saúde e Planejamento.

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