da assessoria de imprensa da Prefeitura de Ribeirão Preto
A boa notícia em relação à dengue em Ribeirão Preto é que, após seis anos consecutivos de epidemias, o município obteve o controle da circulação do vírus no ano de 2012. “Encerramos o ano com 310 casos confirmados e sem registro de óbitos pela doença”, afirmou o secretário da saúde, Stênio Miranda.
Segundo ele, os dados epidemiológicos a respeito desta ou de qualquer outra epidemia passam por processo de verificação, confirmação e consolidação pela equipe de técnicos da Divisão de Vigilância Epidemiológica. “Apenas após esse processo é possível divulgar os dados de maneira confiável e responsável. Divulgar dados epidemiológicos sem antes consolidá-los é agir de forma irresponsável e desrespeitosa, pois seria trabalhar com especulação, e não com fatos definidos”, acrescentou o secretário.
Para que se entenda a necessidade de adotar os cuidados técnicos adequados para a divulgação de informações epidemiológicas, o Centro de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Estadual da Saúde demora meses para apresentar dados consolidados sobre a dengue, da mesma forma que o Ministério da Saúde. “Qualquer dado divulgado hoje sobre os casos de dengue em janeiro de 2013, em qualquer cidade ou estado brasileiro é, necessariamente, provisório, incompleto, terá que ser revisto e corrigido. Não há o menor sentido em divulgar dados nessas condições”, ressaltou.
Miranda informou que todos os casos suspeitos de dengue são notificados, mas a maioria não se confirma. Segundo ele, a taxa de confirmação nas fases de pico epidêmico é de apenas 50% dos casos notificados. Já nos períodos não epidêmicos essa proporção cai a 25% e 20%. “A divulgação dos dados de notificações, sem a devida confirmação, apenas resultaria em incertezas e em interpretações distorcidas do cenário atual”, frisou.
Consolidação e divulgação de boletim - A Secretaria Municipal da Saúde já assumiu publicamente o compromisso de consolidar os dados mês a mês e divulgá-los em boletim emitido por volta do dia 15 do mês subseqüente. “Em janeiro de 2013, como em todos os anos desde 1990, Ribeirão Preto apresenta aumento no número de casos de dengue. Trata-se de situação já bastante conhecida por nossa população”, afirmou.
Neste ano, embora haja cidades próximas em situação de epidemia, o cenário em Ribeirão Preto é de controle e uso de estratégias de contenção da circulação do vírus. Para todos os casos preliminarmente confirmados (e a confirmação preliminar se faz nos três primeiros dias de apresentação de sintomas e imediatamente quando o paciente se apresenta em um serviço de saúde com sintomas da doença), a Divisão de Controle de Vetores realiza visitas domiciliares na residência do paciente e em área de cem metros de diâmetro no entorno, em trabalho de eliminação de criadouros e aplicação de veneno contra o mosquito.
Esta estratégia é mantida enquanto há possibilidade de contenção da circulação do vírus, avisa o secretário. “A população pode ficar tranqüila e confiar no trabalho dos profissionais de saúde, tanto no que se refere à prevenção quanto ao tratamento dos casos suspeitos e dos confirmados. O número de casos confirmados para janeiro, a ser informado no dia 15 de fevereiro, será muito menor que o limiar epidêmico”.
O secretário da Saúde adiantou que Ribeirão Preto está distante de situação de epidemia e ela será tanto mais remota quanto maior for o esforço coletivo para eliminação das condições que propiciam a reprodução do mosquito Aedes aegypti.“Os criadouros de mosquito estão no interior dos domicílios e cada pessoa, cada família, deve cuidar de sua casa, seu quintal, seu telhado, ralos, calhas ou outros possíveis pontos de acúmulo de água para que o controle seja preservado”, alertou.
Segundo Miranda, dessa aliança solidária contra a dengue devem participar as autoridades públicas, os trabalhadores da saúde, a população e os meios de comunicação.